Desde 1357 o governo municipal de Paris tem sua sede neste local.

Por ordem do rei François I, em 1533, a antiga casa foi demolida para dar lugar a um paço municipal mais suntuoso. O edifício, em estilo renascentista, só foi terminado cerca de um século depois, no reinado de Louis XIII.

O Hôtel de Ville abriga a Câmara Municipal e a Prefeitura de Paris. Em frente ao palácio está a antiga Place de Grève, na qual desde o século XIV os parisienses se reuniam para assistir execuções públicas. A última execução ocorreu em 1830 e depois disso a praça foi rebatizada como Place de l’Hôtel de Ville, até porque “greve” tem uma conotação que desagrada a autoridades em geral. A praça foi ampliada mais tarde dentro do projeto de reurbanização de Paris levado adiante pelo barão Haussmann.

Dramáticos episódios políticos da história da França tiveram o Hôtel de Ville como cenário: o massacre do prevot des marchands por uma multidão enfurecida, no dia 14 de julho de 1789, mesmo dia da Tomada da Bastilha, símbolo do início da Revolução Francesa; o golpe do dia 9 Termidor do Ano II da Revolução Francesa, quando Robespierre levou um tiro no queixo, foi preso e logo executado; os enfrentamentos entre a população parisiense e as autoridades e forças policiais durante a guerra franco-prussiana, que culminaram com a instauração da Comuna de Paris em 1871; o incêndio que consumiu o interior do edifício e deixou apenas a estrutura de pedra.

O Hôtel de Ville foi reconstruído de 1873 a 1892. A fachada foi refeita de acordo com o desenho renascentista original, mas o interior foi reconstruído de forma muito mais luxuosa e imponente. Mais de 100 esculturas, inúmeros murais, imensos lustres de cristal e escadarias de mármore ilustram a arte da III República.

Bertrand Delanoë, atual prefeito de Paris, socialista e primeiro líder político francês homosexual assumido viveu no Hôtel de Ville uma verdadeira história de novela. Em 2002, durante o famoso festival cultural anual denominado Nuit Blanche, parecido com a nossa Virada Cultural, Delanoë abriu o edifício ao público e acabou sendo esfaqueado. Mas ele não se atemorisou e prosseguiu com suas ousadas decisões que contam com grande apoio popular.

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